sábado, 15 de março de 2008

O POETA E O FILÓSOFO

A FRASE DE ORHAM PAMUK - Lidos os comentários de Nice e Timtim, sinto-me na obrigação de transcrever a frase exatamente como está no livro: "Neva apenas uma vez em nossos sonhos".

O CONTEXTO DA FRASE - Kerim o poeta, estava viajando de ônibus, de volta para Kars, sua cidade natal. Estivera 12 anos na Alemanha em um exílio político. Via a neve caindo lá fora e se lembrava dos momentos felizes da sua infância, rendeu-se ao otimismo e ousou acreditar estar à vontade neste mundo. (nesta parte, na segunda pg. do livro é que surge a frase): "Era um poeta e, como ele próprio escrevera num dos seus primeiros poemas - neva apenas uma vez em nossos sonhos.

AS PERGUNTAS DO FILÓSOFO - É próprio do filósofo fazer perguntas: como? porque? quando? quero entender melhor, como o Timtim está questionando.

OS SONHOS DA POETISA NICE - Nice foi logo imaginando quais foram seus sonhos e relatando no seu comentário, talqualmente eu imaginei, apenas não revelei.

VOLTANDO Á INTERPRETAÇÃO - Minha interpretação foi amesma da Nice. O sonho de neve é um momento especial da vida em que a pessoa não só está feliz mas também sonhando que aquilo vai se eternizar. A neve é passageira, derrete e acaba.

ENFIM SÓS - Naquele momento após a cerimônia, o casal sonhava com todas as delícias que a vida lhe reservava. Mas a vida reservava também muitas agruras, como é natural. Hoje depois de 40 anos o casamento perdurou e com otimismo a poetisa pode olhar pra trás e chamar aquele momento de sonho de neve.

SONHOS DE M..... - Imagino quantos casais separados, talvez até uns vivendo junto, olham para o passado e consideram que o "enfim sós" foi um sonho de m.....

O SONHO DA JOVEM MÃE - Imagino que a maioria das mães ao verem seus bebês pela primeira vez ficam sonhando com o futuro do filhinho. Quantos desses sonhos se tornam pesadelos com filhos cheios de problemas? E poderá a mãe vendo o filho já adulto drogado, preso, criminoso olhar para aquele momento e ainda considerar um sonho de neve que valeu a pena?

MEU ÁLBUM DE CASAMENTO - As fotos são em preto e branco. Lembrei-me de uma foto da Maria Zélia ainda vestida de noiva, uma foto especial difícil de descrever, quando chegar em casa quero rever. A imagem dessa foto veio para mim como meu sonho de neve.

O MARIDO QUE VOLTA - É poético e bonito a Maria Zélia afirmar que cada vez que chego em cada é um sonho de neve, mas a realidade é que a neve está sempre se desfazendo e surgem algumas espetadas dos espinhos das diferenças.

PESADELOS QUE VOLTAM - Conheci casais torturados em que as partes só se sentiam bem quando um dos dois estava ausente.

VEJAM O QUE O FILÓSOFO FEZ - Com seus questionamentos, Timtim deu pano para esta longa manga.

assim digitou o Zecão em 16 de março de 2008

5 comentários:

Anônimo disse...

Gosto que meu irmão me veja como filósofo. Eu costumava dizer que o Affonso, nosso irmão mais velho, era o filósofo da família. Agora, que as sucessivas isquemias o impossibilitam de expressar seus pensamentos e suas idéias, fico bem orgulhoso de assumir o papel, respeitável papel, de filósofo da família.
Mas,... a expressão "sonho de neve", se esclareceu um pouco mais, mas não tenho certeza se já assimilei todo seu significado.
Timtim

marianicebarth disse...

Ou talvez o seu sonho de neve seja secretíssimo, hein, Timtim?...
Talvez todos nós tenhamos um sonho secreto que morreremos guardando? O mistério de algo jamais conhecido, jamais saboreado, jamais compreendido, jamais alcançado...
Acho que é bem por aí...

marianicebarth disse...

Acho que vou começar a contar histórias de novo... Conheço algumas...

marianicebarth disse...

Gostei do tema, mesmo que a gente não acerte, realmente dá pano pra manga. E ponha pano nisso!

Anônimo disse...

Olá Caos

Há muito tempo estou para ver seu blog, mas ando meio fechada "prá balanço", na verdade com muitas ocupações e outras preocupações.
Parece ser bem interessante.